Economia
Warren Buffett e grupo brasileiro compram a Heinz
O magnata norte-americano e o grupo 3G Capital, dono do Burger King, se uniram para adquirir a fabricante do catchup mais famoso do mundo
A holding do bilionário americano Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, associada ao fundo de investimento 3G Capital, pertencente a famílias brasileiras, irá comprar a companhia Heinz, conhecida pela produção do catchup mais famoso do mundo. A compra é avaliada em 28 bilhões de dólares, de acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira 14. Esta operação, paga em dinheiro, deve ser concluída no terceiro trimestre. É apontada como uma das maiores já realizadas na indústria alimentícia.
O grupo 3G Capital foi fundado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemman, Marcel Telles e Carlos Sicupira. Eles são donos do Burger King, rede de fast food também dos Estados Unidos, e são acionistas da maior cervejaria do mundo, a Inbev. De acordo com o jornal The New York Times, foi Lemann que teve a ideia de fazer a compra e a levou até Buffett.
Segundo os termos deste acordo, apresentado como definitivo e que foi aprovado por unanimidade pelo conselho da Heinz, os compradores vão pagar 72,50 dólares por ação da companhia. Este preço unitário representa 20% a mais em relação ao preço de fechamento da ação da Heinz na véspera (60,48 dólares). Os novos compradores também preveem uma extensão das maturidades da dívida suportada pela Heinz, declararam em seu texto.
“A Heinz tem um crescimento sólido e sustentado”, comemorou Buffett em um comunicado, elogiando o trabalho da direção do grupo. A sede da Heinz permanecerá em Pittsburgh (Pensilvânia, Estados Unidos), uma vez que a transação seja finalizada. A transação ainda precisa receber sinal verde das autoridades americanas de regulação da concorrência.
A H.J. Heinz Company, popularmente chamada de Heinz, é uma empresa de alimentos dos Estados Unidos fundada em 1869 por Henry John Heinz. Ela produz ketchup e molhos (incluindo o molho Lea&Perrins), salgadinhos, alimentos enlatados e alimentos para bebês. No ano passado, obteve um lucro líquido de 923,1 milhões de dólares por um volume de negócios de 11,6 bilhões de dólares. O grupo emprega 32.000 pessoas em todo o mundo.
Com informações da AFP
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.