Economia

Taxa de desemprego recua para 7,9% e é a menor para julho desde 2014

A população ocupada cresceu 1,3% no trimestre finalizado em julho

Foto: NELSON ALMEIDA/AFP
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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no trimestre de maio a julho de 2023. Com isso, houve uma queda de 0,6% na taxa, em comparação ao trimestre anterior. Já em relação ao mesmo trimestre de 2022, a queda foi de 1,2%. É o que mostra a PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira 31 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio. O percentual de desocupação divulgado hoje é o menor para um trimestre desde fevereiro de 2015. 

A população desocupada no país ficou em 8,5 milhões de pessoas. Houve um recuo de 6,3% em comparação ao trimestre anterior. No período de um ano, a queda foi ainda mais expressiva: 13,8%, o que representa menos 1,36 milhão de pessoas desocupadas no país. O montante de pessoas desocupadas, atualmente, é o menor no país desde o trimestre móvel terminado em junho de 2015. No período, ela é a menor desde 2014.

Já a população ocupada cresceu 1,3% no trimestre finalizado em julho (1,3 milhão de pessoas a mais. Já no ano, o crescimento foi de 0,7%, o que representa 669 mil pessoas ocupadas a mais. Segundo o IBGE, o nível de ocupação está em 56,8% no país, o que representa um crescimento de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Nível de ocupação representa o percentual de pessoas ocupadas na população em idade para trabalhar.

Os números de hoje deram um quadro sobre a população desalentada – ou seja, pessoas acima de 14 anos que não trabalham e deixaram de buscar um trabalho. Atualmente, esse grupo é formado por 3,7 milhões de pessoas. O volume ficou estável ante o trimestre anterior, mas sofreu uma queda de 13,4% no ano (568 mil pessoas a menos).

Houve um crescimento de 4% de empregados sem carteira assinada no setor privado, em relação ao trimestre anterior. Mais 503 mil pessoas se somaram ao contingente que, atualmente, está em 37 milhões de pessoas.

Outro número significativo sobre a realidade do trabalho no Brasil é a taxa de informalidade. No trimestre encerrado em julho, a taxa de informalidade foi de 39,1% de toda a população ocupada, ficando levemente acima do percentual registrado no trimestre anterior (38,9%).

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