Economia

Standard & Poor´s rebaixa nota de risco da França

País perde classificação máxima AAA, mas especialistas afirmam que anúncio é “irrelevante” devido à falta de credibilidade das agências de risco

Standard & Poor´s rebaixa nota de risco da França. Foto: Stan Honda/AFP
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A agência de classificação financeira Standard & Poor’s rebaixou a nota de risco da França, segunda maior economia da Zona do Euro, nesta sexta-feira 13. O país, que lidera esforços ao lado da Alemanha para conter a crise econômica no continente, perdeu a classificação máxima ‘AAA’ e passou para ‘AA+’, um nível abaixo.

Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo mantiveram suas classificações, que indicam aos investidores a capacidade de um país em pagar os seus compromissos. No entanto, Itália, Espanha e Portugal foram rebaixadas.

O rebaixamento da nota francesa não deve, porém, ter efeitos negativos a longo prazo no país e na Europa, defende Antônio Correa Lacerda, doutor em ciência econômica. “Essa ação é meramente protocolar, uma tentativa de recuperar a credibilidade perdida pelas agências de risco desde a falência do banco Lehman Brothers [em 2008]”, diz.

“Haverá especulação nos mercados e bolsas de valores, mas isso não se sustenta porque o anúncio não muda significantemente a situação do país”, completa.

Veja?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> aqui o pronunciamento do primeiro-ministro francês, Francois Fillon, sobre o rebaixamento

As principais bolsas de valores europeias reagiram, no entanto, com perdas moderadas ao anúncio. Madri, inclusive, fechou em alta de 0,28%. Londres teve perdas de 0,46%, Frankfurt, 0,58%, Milão, 1,2%, e Paris apenas 0,11%.

Segundo Antonio Carlos Alves dos Santos, doutor em economia, a reação morna dos investidores vem do fato de a notícia do rebaixamento francês “não ser uma surpresa”, pois a S&P fez o mesmo com a dívida dos Estados Unidos em agosto de 2011. “Após isso, viu-se que os títulos americanos continuam sendo procurados e o mercado os acham seguros.”

O economista ainda destaca que o rebaixamento não influenciará os esforços europeus contra a crise, pois as medidas adotadas até o momento têm alcançado resultados satisfatórios. “Isso vai aumentar a pressão dos países da Zona do Euro e de outras regiões para a revisão do papel das agências na análise dos títulos, pois não há o mesmo respeito por essas organizações como no passado.”

Após o anúncio, Sarkozy se reuniu no final da tarde de sexta-feira com o ministro de Finanças do país, François Baroin, para discutir a questão.

Com informações AFP.

Leia mais em AFP Movel.

A agência de classificação financeira Standard & Poor’s rebaixou a nota de risco da França, segunda maior economia da Zona do Euro, nesta sexta-feira 13. O país, que lidera esforços ao lado da Alemanha para conter a crise econômica no continente, perdeu a classificação máxima ‘AAA’ e passou para ‘AA+’, um nível abaixo.

Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo mantiveram suas classificações, que indicam aos investidores a capacidade de um país em pagar os seus compromissos. No entanto, Itália, Espanha e Portugal foram rebaixadas.

O rebaixamento da nota francesa não deve, porém, ter efeitos negativos a longo prazo no país e na Europa, defende Antônio Correa Lacerda, doutor em ciência econômica. “Essa ação é meramente protocolar, uma tentativa de recuperar a credibilidade perdida pelas agências de risco desde a falência do banco Lehman Brothers [em 2008]”, diz.

“Haverá especulação nos mercados e bolsas de valores, mas isso não se sustenta porque o anúncio não muda significantemente a situação do país”, completa.

Veja?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> aqui o pronunciamento do primeiro-ministro francês, Francois Fillon, sobre o rebaixamento

As principais bolsas de valores europeias reagiram, no entanto, com perdas moderadas ao anúncio. Madri, inclusive, fechou em alta de 0,28%. Londres teve perdas de 0,46%, Frankfurt, 0,58%, Milão, 1,2%, e Paris apenas 0,11%.

Segundo Antonio Carlos Alves dos Santos, doutor em economia, a reação morna dos investidores vem do fato de a notícia do rebaixamento francês “não ser uma surpresa”, pois a S&P fez o mesmo com a dívida dos Estados Unidos em agosto de 2011. “Após isso, viu-se que os títulos americanos continuam sendo procurados e o mercado os acham seguros.”

O economista ainda destaca que o rebaixamento não influenciará os esforços europeus contra a crise, pois as medidas adotadas até o momento têm alcançado resultados satisfatórios. “Isso vai aumentar a pressão dos países da Zona do Euro e de outras regiões para a revisão do papel das agências na análise dos títulos, pois não há o mesmo respeito por essas organizações como no passado.”

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