Sobre o amor ao dinheiro em si

De Machado de Assis a Paulo Cunha e a Luiz Inácio

Alcance. Não basta garantir a renda, é preciso respeitar a dignidade dos cidadãos conferindo-lhes atividades inclusivas que os considerem como indivíduos - Imagem: Grupo Ultra, Marc Ferrez/Acervo IMS e Ricardo Stuckert

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O nosso Lula disparou em uma entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) na sexta-feira, 1º de julho: “Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah… o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (…) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”.

Tempos atrás, a Folha de S.Paulo estampou longa entrevista com o ex-presidente Lula. Depois de marchas e contramarchas, a jornalista Mônica ­Bergamo pergunta: “O senhor fala ‘eles não me aceitam’. Quem são eles?” Lula responde: “Ah, não sei. São eles. Eu não vou ficar nominando.”

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2 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 10 de julho de 2022 04h30
Disse Marx que o lucro do capital é inteiramente diferente do salário do trabalho. Aquele que obtém lucro do não trabalho ou da mera especulação está sendo um parasita do trabalhador ou do trabalho alheio. Por isso que não tem apreço ao trabalhador e ao trabalho vivo. Eles só pensam em acumular e ver o seu dinheiro saltitando feliz sem trazer a felicidade aos outros. A contradição reside aí, na humanização do dinheiro e desumanização do humano. Lula e Machado de Assis têm razão.
Roque Ferraz Barbosa 9 de julho de 2022 14h36
Excelente texto. Professor Beluzzo sempre certeiro.

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