Economia

Silveira promete ampliar tarifa social de energia; Haddad afirma que não há ‘nada tramitando’

A proposta foi mencionada pelo ministro durante participação no Fórum de Líderes em Energia, no Rio de Janeiro

Silveira promete ampliar tarifa social de energia; Haddad afirma que não há ‘nada tramitando’
Silveira promete ampliar tarifa social de energia; Haddad afirma que não há ‘nada tramitando’
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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Horas depois de o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), prometer ampliar a isenção na conta de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros, o chefe da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou não existir nenhum estudo no governo em relação ao tema.

A proposta foi mencionada por Silveira, durante participação no Fórum de Líderes em Energia, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira 10. “Há muita injustiça nas tarifas de energia elétrica“, afirmou o ministro no evento. Por isso, segundo ele, seria necessário racionalizar os custos do setor e “endereçar as injustiças” na composição da tarifa.

“Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com gratuidade de energia até o consumo de 80 KW por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão e lâmpadas para seis cômodos”, disse. Ele completou ainda que o governo também pretende simplificar as regras da tarifa social de energia.

No entanto, ao ser questionado por jornalistas em Brasília, Haddad disse que a medida não chegou ao conhecimento da Fazenda. “Liguei para ao Rui [Costa, ministro da Casa Civil] e ele falou que não está tramitando nenhum projeto na Casa Civil neste sentido, o que não impede o ministério de estudar o que quer que seja. Mas, neste momento, não há nada tramitando“, pontuou.

A tarifa social de energia atualmente beneficia cerca de 40 milhões de pessoas com desconto de até 65% – há isenção apenas para indígenas e quilombolas. Silveira tem defendido que o Fundo Social do pré-sal seja utilizado para custear o benefício aos cidadãos que consomem até 80 kWh por mês.

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