Se não gostar da formalização e for embora do País, problema da Uber, diz Marinho

O ministro voltou a citar os Correios como potencial alternativa para ocupar o espaço

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Foto: Douglas Magno/AFP

Apoie Siga-nos no

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), minimizou nesta terça-feira 7, durante reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, a possibilidade de empresas como a Uber deixarem seus negócios no Brasil em caso de regulação trabalhista dos aplicativos.

“Se a Uber e se as plataformas não gostarem do processo de formalização? Eu sinto muito. Tem uma lei vigente no Brasil e todos nós somos sujeitos a ela. ‘Ah, mas e se for embora?’ Se for embora, problema da Uber”, disse.

Para Marinho, as discussões sobre as condições de trabalho nas plataformas são complexas, mas têm o objetivo de garantir a proteção social dos trabalhadores e contarão com a participação da sociedade.

“O ideal aqui é que as partes encontrem uma alternativa, encontrem o ponto comum e o governo seja simplesmente o intermediador dessa conversa. Não havendo acordo, o governo evidentemente vai oferecer sua visão ao Parlamento”, pontuou.

No início de fevereiro, o ministro afirmou que a Uber e outras empresas haviam sinalizado interesse de discutir os pontos da reforma a ser proposta pelo governo federal. À época, ele ainda chamou de “chantagem” a possibilidade de a gigante estadunidense deixar o mercado brasileiro e sugeriu que, neste caso, o governo poderia chamar os Correios para substitui-la.

Nesta terça, Marinho voltou a citar a estatal como alternativa ao espaço aberto a partir de uma eventual saída da Uber. “Eu disse que empresas de logística, como é o caso dos Correios, podem pensar em ter um aplicativo para oferecer como alternativa e talvez uma alternativa melhor do que a que está existindo pelas atuais plataformas, que têm a visão do lucro necessário, a exploração da mão de obra necessária.”


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.