O salário médio de contratação do trabalhador com carteira assinada voltou a cair em maio e acumulou uma redução de 5,6% em um ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Com a queda, o salário médio real de admissão chegou a 1.898 reais. No mesmo período do ano passado, o valor era de 2.010 reais, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Apesar das altas do salário médio de contratação nos primeiros meses do ano, o valor registrado em maio é o mais baixo desde dezembro de 2021.
Embora tenham sido criados 277 mil novos empregos com carteira assinada em maio no Brasil, os salários médios iniciais continuam encolhendo.
Isso significa que a melhora do mercado de trabalho e dos níveis de desemprego não reflete na melhora da renda do brasileiro, que sofre impactos da inflação de dois dígitos e da crise econômica.
Os salários oferecidos aos profissionais recém-contratados é menor do que aquele recebido pelo trabalhador que deixou o mesmo cargo. Em maio, o salário médio real dos trabalhadores demitidos foi 3,15% acima do salário médio de contratação.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens apontam que, entre as 140 profissões com mais contratações, apenas 8 tem salários reajustados a inflação. Os menores salários de contratação estão nos segmentos de serviços domésticos, alojamento e alimentação e comércio.
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