Economia

Restaurantes reclamam a Dino sobre restrição de campanha contra fim do parcelado sem juros

A Federação Brasileira de Bancos conseguiu uma liminar do Conar para barrar vídeos e anúncios da ação publicitária

Restaurantes reclamam a Dino sobre restrição de campanha contra fim do parcelado sem juros
Restaurantes reclamam a Dino sobre restrição de campanha contra fim do parcelado sem juros
Juros do cartão de crédito se tornaram alvo de projeto aprovado no Congresso. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel, enviou um ofício ao ministro da Justiça, Flávio Dino, em que protesta contra a notificação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, sobre uma propaganda da entidade que tratava do fim do parcelado sem juros.

A campanha da Abrasel é contrária ao fim do parcelado sem juros. Dias atrás, a Federação Brasileira de Bancos conseguiu uma liminar do Conar para barrar vídeos e anúncios da ação publicitária. A Febraban reúne bancos como Itaú, Bradesco e Santander.

No documento ao ministro, a Abrasel diz que “os bancos tentam impedir a sociedade de saber o que está sendo discutido e em quais termos” e declarou que vai seguir com a campanha, “por entender que o Conar não tem jurisdição sobre a entidade”.

A ideia de dar fim ao parcelamento sem juros já foi sugerida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez críticas à proposta, sob o argumento de que a modalidade de compra se tornou “padrão” no Brasil.

A Febraban chegou a dizer em nota que descartava a possibilidade. No entanto, conforme apurou CartaCapital, os bancos fizeram pressão nos bastidores do Congresso para dar fim ou impor restrições ao parcelamento sem juros, sobretudo na tramitação do programa Desenrola Brasil na Câmara.

De acordo com a Abrasel, “a manutenção do parcelado é fundamental para o ter um comércio vivo”. A entidade afirma que “o comércio depende das compras parceladas e, sem elas, todo o setor será impactado negativamente”. Um ofício também foi enviado ao Ministério da Fazenda sobre o tema.

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