Economia

Projeção de crescimento é reduzida e desemprego sobe

Para o FMI, retração no Brasil deve ser de 1,5%; desemprego na Pnad Contínua chega a 8%

O desemprego continua subindo
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As perspectivas para a economia brasileira em 2015 seguem ruins. Enquanto prevê-se queda cada vez mais acentuada do Produto Interno Bruto, o desemprego continua em alta. Nesta quinta-feira 9, tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) quanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgaram dados que indicam retração forte neste ano.

O FMI projeta que a economia brasileira sofrerá uma queda de 1,5% em 2015, meio ponto percentual acima do 1% da previsão anterior. De acordo com relatório, o fundo continua prevendo uma recuperação do PIB a partir de 2016, mas em ritmo mais lento: de 0,7% e não mais de 1%.

Com a queda da atividade industrial e o aumento da inflação, a CNI reduziu as estimativas do PIB para 1,6% e a do PIB da indústria para 3,8%. No relatório trimestral Informe Conjuntural de abril, a projeção para o ano era de retração de 1,2% no PIB e de 3,4% PIB industrial.

As previsões para 2015 indicam que a inflação ficará em 9,1%, estimativa acima do limite máximo da meta de 6,5% fixado pelo governo. “Esse dado está indicando claramente que este ano a meta não vai ser cumprida sequer no seu teto”, diz o gerente executivo de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco. O relatório prevê que o consumo das famílias diminuirá 1,2%, e taxa média de desemprego será de 6,7%. A estimativa é que os investimentos caiam 7,7%.

Ao mesmo tempo em que as perspectivas para o crescimento da economia ficam piores, o desemprego sobe.

A taxa de desemprego atingiu – no trimestre de março a maio – 8,1%. No mesmo trimestre do ano passado o resultado foi 7%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira 9 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a taxa alcançou 7,4%.

A Pnad Contínua abrange 3.464 municípios de todo o País. O levantamento engloba 210 mil domicílios.

Os dados divulgados pelo IBGE indicam que o rendimento médio real do brasileiro atingiu R$ 1.863 no período, ficando estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, de dezembro a fevereiro de 2015, que foi R$ 1.877. O rendimento do mesmo trimestre do ano passado foi R$ 1.870.

Já a massa de rendimento real (total dos rendimentos) recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em maio foi R$ 166,1 bilhões. Esse valor não apresentou variação estatisticamente significativa em ambos os períodos de comparação, na avaliação do IBGE.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados por trimestres, com base em informações dos últimos três meses da pesquisa. A taxa do trimestre terminado em maio de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em março, abril e maio de 2015.

*Com informações da Agência Brasil

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