Economia

Prévia da inflação sobe 0,04% em junho, aponta IBGE

IPCA-15 foi influenciado por aumento no setor de habitação e queda no preço da gasolina (-3,40%) impactou o índice baixo; desinflação é condição para queda na Selic

Queda no preço da gasolina foi o principal fator de impacto no índice divulgado pelo IBGE. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A prévia da inflação oficial do mês de junho ficou em 0,04% no país. É o que mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta terça-feira 27, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

A sigla IPCA compreende as variações de preços que atingem uma parcela mais ampla da população do país. Envolve, por exemplo, famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, abrangendo uma série de regiões metropolitanas, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Recife e Fortaleza, entre outras.

Os dados de hoje mostram uma continuação da tendência de queda na inflação. O acúmulo trimestral do IPCA-15 ficou em 1,12%, sendo menor que a taxa de 3,04% registrada no mesmo período do ano passado. Já nos últimos doze meses, a variação foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% de variação positiva registada nos doze meses imediatamente anteriores.

O percentual é, também, a menor variação registrada no ano. Em abril e em maio, os índices foram de 0,57% e 0,51%, respectivamente.

Para chegar ao índice, o IBGE avalia nove grupos de produtos e serviços. O instituto constatou que o maior aumento aconteceu no grupo Habitação (0,96%). A principal queda ocorreu nos transportes (-0,55%), especialmente com a queda dos preços dos combustíveis. A gasolina, por exemplo, caiu 3,40%, sendo o principal fator de impacto no índice geral. Óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%) também registraram quedas.

O resultado apresentado hoje ficou levemente acima do que era esperado pelo mercado. Em consulta a analistas, a agência Bloomberg esperava um aumento na casa de 0,01%. Já os analistas consultados pela Reuters estimavam uma queda de 0,01%.

O freio na inflação do país pode fornecer condições para uma futura queda na taxa Selic, que vem sendo criticada pelo governo federal e mesmo por atores ligados ao varejo e à indústria. Divulgada hoje, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada aponta que é necessário que se consolide o processo de desinflação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo