Economia

Prévia da inflação fica em 0,13% no mês de setembro, indica IBGE

Instituto divulgou dados do IPCA-15 nesta quarta-feira 25

Prévia da inflação fica em 0,13% no mês de setembro, indica IBGE
Prévia da inflação fica em 0,13% no mês de setembro, indica IBGE
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A prévia da inflação de setembro ficou abaixo do índice registrado em agosto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,13% neste mês. O dado foi divulgado nesta quarta-feira 25.

O índice divulgado nesta quarta é 0,06 ponto percentual abaixo do que foi registrado em agosto, quando ficou em 0,19%.

A “prévia da inflação” funciona como uma espécie de antecipação da inflação oficial, conhecida como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A diferença entre ambas é que a prévia da inflação (IPCA-15) abarca períodos relativos aos dias 15 de um mês para o outro, enquanto o IPCA mede o quanto os preços subiram ou desceram dentro de um mês fechado.

O índice divulgado pelo instituto confirma a tendência de queda nos preços. Esse é o quinto mês seguido de redução no IPCA, já que o de maio ficou em 0,44%, o de junho em 0,39%, o de julho em 0,30% e, finalmente, o de agosto registrou os 0,19% já mencionados.

Nos últimos doze meses, o acumulado do IPCA-15 foi de 4,12%. Restará saber se o IPCA estará alinhado ao índice acumulado. Se for o caso, é possível que a inflação se aproxime do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Apesar da redução registrada em setembro, o IBGE destacou que os gastos com habitação seguem em alta expressiva. Esse setor, fundamental no dia-a-dia dos brasileiros, registrou alta de 0,50%. A Habitação, sozinha, contribui com 0,08% do resultado total do IPCA-15.

A habitação ficou mais cara em setembro, principalmente, porque a conta da energia elétrica residencial subiu. Em agosto, por exemplo, a conta da energia em casa teve queda de 0,42%. Já em setembro, invertendo a lógica, a subida foi de 0,84%. A subida tem um motivo perceptível: desde o começo do mês, está em vigor no país a bandeira tarifária vermelha.

Entre outros fatores que contribuem para o aumento da conta de energia, está a seca histórica que o país anda vivendo neste ano. 

Como forma de reduzir os custos – especialmente, a demanda em usinas termelétricas -, o governo federal vem estudando a possibilidade de adotar o horário de verão, que foi extinto em 2019. O Operador Nacional do Sistema (ONS) já disse que a medida pode gerar uma economia de quase 2 bilhões de reais ao país.

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