Economia
Pressionado pelo Congresso, secretário do Tesouro diz que será um desafio encontrar alternativas ao IOF
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acordou um prazo de 10 dias para o governo apresentar alternativas à medida


O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, apontou que será um “desafio intenso” para a equipe econômica encontrar alternativas ao decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O Ministério da Fazenda tem sido pressionado pelo Congresso para sustar o decreto da semana passada.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acordou um prazo de 10 dias para o governo apresentar alternativas à medida. Segundo Ceron, a pasta trabalha para cumprir o prazo e evitar que o decreto seja derrubado pelos parlamentares, já que isso significaria um impacto para as contas públicas.
“Não tem solução já delimitada, é um processo de discussão que vai ocorrer”, disse. Segundo o secretário, a ideia é apresentar soluções que garantam soluções estruturais para a situação fiscal que o País enfrenta: “se fizermos esse esforço conjunto, podemos promover uma virada de chave e reduzir muitas incertezas”, afirmou.
Na quarta-feira, o ministro Fernando Haddad chegou a dizer que no momento não existe nenhuma alternativa ao aumento do IOF. “Expliquei o problema de curto prazo que temos, mas que é absolutamente possível nos pensarmos em medidas mais estruturantes”, disse após sair de uma reunião com Motta e Davi Alcolumbre (União-AP), do Senado.
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