Economia

Preços mundiais dos alimentos sobem em julho, impulsionados pela carne e óleos vegetais

Cereais, produtos lácteos e açúcar sofreram queda nos preços nos últimos 30 dias

Preços mundiais dos alimentos sobem em julho, impulsionados pela carne e óleos vegetais
Preços mundiais dos alimentos sobem em julho, impulsionados pela carne e óleos vegetais
Carnes e óleos vegetais subiram de preço em todo o mundo durante o mês de julho, diz a FAO. Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP
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Os preços globais dos alimentos aumentaram 1,6% em julho em relação ao mês anterior, principalmente devido ao aumento nos preços da carne e dos óleos vegetais, informou nesta sexta-feira 8 a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O aumento nos índices da carne e de óleos vegetais “superou amplamente” a queda nos índices dos cereais (-0,8%), produtos lácteos (-0,1%) e açúcar (-0,2%), segundo o comunicado da FAO, que monitora mensalmente a evolução dos preços internacionais de uma cesta de produtos alimentícios básicos.

O índice de óleos vegetais registrou um forte aumento de 7,1% em relação a junho, alcançando seu nível mais alto em três anos, impulsionado pelo aumento das cotações dos óleos de palma, soja e girassol.

Impulsionados por uma elevada demanda de importação, especialmente da China e dos Estados Unidos, os preços da carne bovina e de cordeiro aumentaram, fazendo com que o índice global de carne subisse 1,2%.

Os preços da carne de ave também aumentaram ligeiramente, já que o Brasil conseguiu retomar suas exportações após erradicar a gripe aviária em meados de junho.

Os preços dos produtos lácteos (-0,1%) registraram uma leve queda pela primeira vez desde abril de 2024, devido à redução nos preços da manteiga e do leite em pó “diante da abundância de oferta exportável e da fraca demanda de importação, especialmente na Ásia”.

Os preços do açúcar (-0,2%) acumularam sua quinta queda consecutiva devido às previsões de “uma recuperação da produção mundial esperada em 2025-2026, especialmente no Brasil, Índia e Tailândia (…), embora os indícios de reativação da demanda mundial de importação tenham limitado o declínio”.

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