Google, Facebook, YouTube e congêneres decidiram unir-se para tentar barrar o chamado PL das Fake News, em tramitação no Congresso. As plataformas lançaram campanha publicitária maciça e seus dirigentes no Brasil têm publicado artigos e concedido entrevistas sobre o tema. Um link na página do Google remete a um artigo do presidente da empresa no País, Fábio Coelho, com críticas ao PL. “Não nos opomos ao objetivo proposto pelo projeto de lei, de combater a desinformação”, diz um trecho, “mas, da forma como o texto está agora, ele não vai alcançar essa meta. Acreditamos que a luta contra a desinformação será mais efetiva por meio do diálogo e de compromissos conjuntos entre governo, empresas e sociedade civil.”
Defensores do PL afirmam que o projeto vai estabelecer um conjunto de regras para enfrentar o abuso de poder econômico nas redes sociais e reduzir a possibilidade de que o jogo eleitoral e democrático seja distorcido, como em 2018. Segundo esse grupo, as Big Techs temem perder milhões de reais e dólares ao serem obrigadas a conter ou, ao menos, informar a respeito da disseminação de mentiras e discursos de ódio nas plataformas. Eventuais excessos e equívocos da lei, dizem, podem ser corrigidos no debate no Parlamento.
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