Economia
Plataformas digitais mobilizam-se contra o PL das Fake News
Defensores afirmam que o projeto vai estabelecer um conjunto de regras para enfrentar o abuso de poder econômico nas redes sociais


Google, Facebook, YouTube e congêneres decidiram unir-se para tentar barrar o chamado PL das Fake News, em tramitação no Congresso. As plataformas lançaram campanha publicitária maciça e seus dirigentes no Brasil têm publicado artigos e concedido entrevistas sobre o tema. Um link na página do Google remete a um artigo do presidente da empresa no País, Fábio Coelho, com críticas ao PL. “Não nos opomos ao objetivo proposto pelo projeto de lei, de combater a desinformação”, diz um trecho, “mas, da forma como o texto está agora, ele não vai alcançar essa meta. Acreditamos que a luta contra a desinformação será mais efetiva por meio do diálogo e de compromissos conjuntos entre governo, empresas e sociedade civil.”
Defensores do PL afirmam que o projeto vai estabelecer um conjunto de regras para enfrentar o abuso de poder econômico nas redes sociais e reduzir a possibilidade de que o jogo eleitoral e democrático seja distorcido, como em 2018. Segundo esse grupo, as Big Techs temem perder milhões de reais e dólares ao serem obrigadas a conter ou, ao menos, informar a respeito da disseminação de mentiras e discursos de ódio nas plataformas. Eventuais excessos e equívocos da lei, dizem, podem ser corrigidos no debate no Parlamento.
Imagem: Duncan Hull/Royal Society
CABEÇA DE GENERAL
Imagem: Marcelo Camargo/ABR
Ter um militar no comando da Petrobras só podia dar nisso. Em vez de apresentar ideias para controlar os efeitos da alta internacional do petróleo, provocada pela invasão da Ucrânia, o general Joaquim Silva e Luna preferiu apelar à retórica bélica. “Sou soldado. O campo de batalha é a minha zona de conforto. Não fujo do campo de batalha, abandonando a minha tropa. Um homem tem que fazer o que um homem tem que fazer.” E daí?, perguntaria um motorista obrigado a pagar, neste momento, 8 reais pelo litro da gasolina.
MAGALU ONLINE
As vendas pela internet evitaram um resultado pior do Magazine Luiza, grande varejista que, como os concorrentes, ainda sofre os efeitos da pandemia. No quarto trimestre de 2021, a empresa registrou prejuízo de 79 milhões de reais. No ano, o lucro foi de 114,2 milhões, queda de 69,8% em relação aos 377,8 milhões de reais de 2020.
MANO BUSER
Imagem: Redes sociais
Após algumas vitórias na Justiça que permitiram o funcionamento do negócio, o aplicativo de viagens Buser acaba de lançar uma campanha para atrair jovens e usuários de menor renda. Uma das estrelas do anúncio é o rapper Mano Brown. Gaby Amarantos, Sabrina Sato e Zeca Pagodinho também vão estrelar comerciais da startup. “Temos a missão de democratizar o transporte rodoviário”, declarou Flávia Oliveira, diretora de marketing.
MILITÂNCIA
Imagem: Richard Chambury/London Business School
O investidor George Soros expressou todo o seu pessimismo e militância em relação ao conflito na Ucrânia em artigo distribuído pelo Project Syndicate. Segundo ele, a invasão pode marcar o “início de uma terceira guerra mundial, que tem o potencial de destruir a civilização”. O investidor também acusa a China de dar “carta branca” a Vladimir Putin, e vai além: “Só podemos esperar que Putin e Xi Jinping sejam removidos do poder”.
PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1200 DE CARTACAPITAL, EM 23 DE MARÇO DE 2022.
Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Guerra de versões”
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