Economia

PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE

Principal avanço foi registrado pela agropecuária, com alta de de 12,2% nos três primeiros meses do ano

PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE
PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE
'Prévia do PIB' indica recuo do setor agropecuário – Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Divulgação/CN
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A economia brasileira registrou desempenho positivo no início de 2025, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo 1,4% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 30.

A agropecuária registrou um crescimento de 12,2%, sendo o principal sustentáculo do crescimento geral do PIB. O setor de serviços, por sua vez, apresentou aumento de 0,3%; ao passo que a indústria permaneceu praticamente estagnada, com retração de 0,1%.

No setor industrial, as atividades apresentaram desempenhos divergentes. A construção civil liderou o crescimento com 4,6%, seguida pela indústria de transformação, que avançou 4%. O setor de eletricidade, gás, água e saneamento também registrou expansão positiva de 2,4%. Houve, porém, retração de 0,8% nas indústrias extrativas.

Ritmo constante

A análise dos 12 meses encerrados em março de 2025 revela um crescimento acumulado do PIB de 3,5% em relação aos doze meses imediatamente anteriores, demonstrando consistência no ritmo de expansão econômica.

Perspectivas

As projeções para o desempenho da economia brasileira divergem entre o governo e o mercado. Enquanto o Planalto projeta crescimento de 2,4% para 2025, os analistas do mercado financeiro, consultados no mais recente Boletim Focus, acreditam que a expansão será mais modesta: 2,14%.

Em valores totais, a economia brasileira atingiu a marca de R$ 3 trilhões no trimestre, segundo o IBGE. 

Os setores

O desempenho do setor terciário, no geral, foi positivo. O destaque ficou por conta das atividades de informação e comunicação, que avançaram 3%. São efeitos diretos da maior digitalização da economia.

O setor imobiliário, por sua vez, cresceu 0,8%, enquanto a administração pública e áreas correlatas expandiram 0,6%. O comércio apresentou crescimento de apenas 0,3%.

Por outro lado, o setor de transporte, armazenagem e correio recuou 0,6%. As atividades financeiras e de seguros mantiveram-se praticamente estáveis, com variação positiva de somente 0,1%.

E a demanda?

O lado da demanda – um dos eixos da composição do PIB – mostrou que o consumo das famílias teve crescimento de 2,6% no primeiro trimestre. Esse crescimento foi motivado pela melhora na massa salarial real e pela maior oferta de crédito, apesar dos juros mais altos.

Os gastos governamentais também fizeram a demanda aumentar: o avanço foi de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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