Petrobras vende nove campos terrestres para empresa de Daniel Dantas

O negócio foi fechado a 220 milhões de dólares, que serão pagos em parcelas

O banqueiro Daniel Dantas. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira 25, a venda de nove campos terrestres de exploração e produção de petróleo na Bahia para a empresa SPE Miranga S.A., do banqueiro Daniel Dantas. Os campos estão na área denominada Polo Miranga. O valor da transação é de 220,1 milhões de dólares.

 

 

 

O Polo Miranga compreende os campos de Miranga, Fazenda Onça, Riacho São Pedro, Jacuípe, Rio Pipiri, Biriba, Miranga Norte, Apraiús e Sussuarana. A produção média no local em 2020 foi de 899 barris de óleo por dia e 376,8 mil m³ diários de gás natural. Com a transação, a Petrobras, operadora de 100% dessa área, vende a totalidade de sua participação.

Segundo a petroleira, 11 milhões de dólares já foram pagos na data do anúncio; 44 milhões serão pagos no fechamento da transação; 80 milhões serão parcelados ao longo de três anos a partir do fechamento da transação; e até 85 milhões estarão em “pagamentos contingentes relacionados a preços futuros do petróleo”.


Os valores não consideram os ajustes devidos, destaca a Petrobras, e o fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

A Petrobras afirmou que a operação permitirá que outras empresas “também possam prosperar” e os campos terrestres possam receber novos recursos, “com impacto positivo na geração de empregos e renda”.

A SPE Miranga S. A. é controlada pela petroleira PetroRecôncavo, especializada em exploração on shore, expressão que dá nome à extração de óleo pela terra. A PetroRecôncavo, por sua vez, é uma das empresas da holding Opportunity, companhia de gestão de recursos fundada por Daniel Dantas em 1994, com sua irmã, Veronica Dantas, e o economista Dorio Ferman.

Daniel Dantas dominou o noticiário quando foi levado à prisão pela Operação Satiagraha, deflagrada em 2004, contra desvios de verbas públicas. O banqueiro foi preso em 2008 e solto no mesmo ano. A operação foi anulada em 2011 pelo Superior Tribunal de Justiça.

 

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