Economia

Petrobras inicia medições eólicas no pré-sal da Bacia de Santos

Estudo avalia unir a tecnologia à produção de óleo e gás

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Petrobras, Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC, CNOOC e Universidade Federal do Rio Grande do Sul iniciaram as medições eólicas em alto-mar na região do pré-sal. O Campo de Búzios, na Bacia de Santos, foi o escolhido para a primeira coleta de dados, mas, durante o ano, a previsão é que o mesmo trabalho ocorra no Campo de Mero.

A pesquisa faz parte do Projeto Ventos de Libra, que recebeu 8 milhõe de reais em investimentos. Além do desenvolvimento de tecnologias para os estudos, estão previstas a criação de metodologias para analisar os ventos e uma avaliação sobre a viabilidade técnica de instalação das eólicas. Por meio do projeto, será possível subsidiar projetos futuros de eólica offshore no pré-sal.

“Trata-se de mais uma iniciativa com viés de desenvolvermos conhecimento e capacitação no segmento de eólicas offshore, de grande potencial no Brasil, desta vez com envolvimento de importantes parceiros no pré-sal e do setor acadêmico, representado por instituições de renome”, disse Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Um passo significativo do projeto é a capacidade de aprimorar modelos, para reduzir os riscos na implantação da tecnologia eólica flutuante em regiões de águas profundas. As etapas seguintes avaliarão a possibilidade de implantar turbinas eólicas associadas aos sistemas de produção de óleo e gás.

“Os projetos eólicos offshore consistem em um grande desafio científico e tecnológico, ampliado pelas condições que se apresentam na região do pré-sal, a cerca de 200 quilômetros da costa, em profundidades d´água de até 2 mil metros”, explicou Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção da Petrobras.

“Projetos dessa natureza podem indicar potenciais caminhos para continuarmos avançando na descarbonização das nossas atividades, em linha com o que já anunciamos no nosso Plano Estratégico”, destacou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal.

Potencial eólico

A estação de medição de ventos está instalada no navio-plataforma P-75, uma unidade flutuante que produz, armazena e transporta petróleo. A estatal explicou que a tecnologia é baseada em um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging).

Os dados serão transmitidos para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras e serão avaliados por um período de três anos.

O projeto Ventos de Libra é liderado pela engenheira Cristiane Lodi, que coordena o projeto pela Petrobras e pelo Consórcio de Libra, e a professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS, que coordena o Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica.

O consórcio é operado pela Petrobras (38,6%) em parceria com Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%).

(Com informações da Agência Brasil)

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