A Petrobras informou nesta quarta-feira 5 não ter recebido qualquer proposta do Ministério de Minas e Energia sobre uma eventual mudança na política de preços adotada pela estatal.
Em linhas gerais, a atual regra:
- usa o Preço de Paridade de Importação para definir o montante a ser cobrado dos distribuidores;
- considera o preço dos combustíveis praticado no mercado internacional, os custos logísticos para trazê-los ao Brasil e uma margem de remuneração pelos riscos da operação; e
- sofre a influência da cotação do dólar, uma vez que o preço no mercado internacional é definido em moeda americana.
Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Petrobras tem uma orientação para alterar a política de preços. Segundo ele, a mudança começaria a ser aplicada após a assembleia-geral marcada para o fim de abril.
Uma das novidades, de acordo com Silveira, seria uma redução entre 22 e 25 centavos no preço do litro do diesel.
“O tal PPI é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, defendeu. “A partir daí [assembleia-geral], o equilíbrio entre o conselho e a diretoria vai visar buscar a implementação dessa nova política de preço.”
Em comunicado, a Petrobras reafirmou “seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
“Quaisquer propostas de alteração da Política de Preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia.”
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