A Petrobras informou nesta sexta-feira 17 não ver razões para suspender a venda de ativos com contratos já assinados. Há cinco projetos na lista, incluindo polos e a fábrica de fertilizantes Lubnor, no Ceará.
A manifestação é uma resposta à recomendação do Ministério de Minas e Energia, expedida no início de março, pela suspensão por 90 dias da venda de ativos até uma análise da diretoria.
Na ocasião, a pasta justificou a decisão devido a uma reavaliação da Política Energética Nacional e à instauração da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética.
Segundo um ofício divulgado pela Petrobras, a proposta do MME foi encaminhada ao Conselho de Administração.
“Procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não
verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser
suspensos”, diz o texto. “Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise.”
A resposta da empresa é alvo de críticas da Federação Única dos Petroleiros.
“O governo Lula precisa assumir a Petrobras. A companhia continua sendo conduzida pela administração bolsonarista, que corre contra o tempo para tocar a privatização de ativos”, afirmou o coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar. “Muito estranho e surpreendente deliberar questão complexa em tão curto espaço de tempo. Não esperaram os 90 dias.”
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