A Petrobras informou, nesta segunda-feira 27, que rescindiu o contrato para a venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste, a Lubnor, que estava na lista de desinvestimentos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, a petroleira apontou ausência de cumprimento de “condições precedentes” estabelecidas no contrato, “em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para a conclusão da transação”.
A Lubnor seria vendida para a Grepar Participações por 34 milhões de dólares. A operação, prevista desde maio de 2022, foi autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, neste ano.
Sindicalistas se mobilizaram contra a transação sob o argumento de que o preço da privatização da Lubnor estava muito abaixo da estimativa do mercado. Além disso, segundo os petroleiros, a venda impactaria no abastecimento de asfalto para os estados do Nordeste.
Em nota, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, celebrou o que disse considerar um “sinal de compromisso do governo do presidente Lula e da nova alta administração da Petrobras de não seguir com as privatizações”.
Inaugurada em 1966, no Ceará, a Lubnor tem cerca de 500 trabalhadores e ocupa 218 mil metros quadrados. A refinaria produz 10% do asfalto no País e tem capacidade instalada de 8 mil barris por dia.
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