Economia

Petrobras anuncia Fernando Borges como presidente interino

O nome favorito de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir definitivamente é o de Caio Paes de Andrade

FOTO ALAOR FILHO / AGÊNCIA PETROBRAS
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Após a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras nesta segunda-feira 20, a empresa anunciou o o diretor executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, como interino na função.

De acordo com comunicado da estatal protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Borges ficará no comando da companhia até que seja eleito e empossado um novo presidente na estatal.

De acordo com o jornal O Globo, o nome favorito do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia, Paulo Guedes, é o de Caio Paes de Andrade, que chegou a ser escolhido pelo ex-capitão em maio como forma de o governo segurar o preço dos combustíveis.

Coelho renunciou também ao cargo de conselheiro da Petrobras, cadeira necessária para ele ser presidente da estatal. O Conselho, então, escolherá Caio Andrade como conselheiro-tampão. E, em seguida, o indicará para o cargo de presidente interino.

Fernando Borges também pode indicar Caio Paes de Andrade para a diretoria da empresa e, em seguida, ele ser colocar na presidência.

Ele ficaria nessa posição até ser realizada uma assembleia geral extraordinária de acionistas, que efetivará a nomeação de Paes de Andrade como conselheiro e também como presidente.

O governo federal espera para esta terça-feira a aprovação do nome de Caio pelo Comitê de Pessoas da Petrobras, de maneira a dar maior segurança para a sua indicação para a presidência da empresa.

Caio Paes de Andrade foi escolhido por Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachida, para garantir que os preços dos combustíveis não suba. Ele já indicou uma renovação quase completa no Conselho de Administração da empresa e deve também trocar quase toda a diretoria.

Andrade é homem de confiança do ministro de Guedes. Ele será o quarto executivo a comandar a estatal em menos de quatro anos do governo Bolsonaro, que, incomodado com o impacto dos preços dos combustíveis em sua popularidade, troca o comando da estatal pela terceira vez.

Entre os desafios que Paes de Andrade terá de enfrentar estão justamente a pressão de Bolsonaro para conter preços do diesel e da gasolina e trâmites legais que podem apontar que sua indicação fere a Lei das Estatais.

Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.

No Ministério da Economia, atuava como secretário de desburocratização, onde tocou pautas como a reforma administrativa, que empacou no Congresso. Inexperiente no setor de energia, seu nome ganhou impulso pelo trabalho feito na implementação da plataforma gov.br, considerada uma revolução digital.

(Com informações da agência O Globo)

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