Pelo sexto mês consecutivo, inflação é menor para famílias de renda mais baixa

Dados foram divulgados pelo Ipea e indicam que a inflação de 0,20% observada nas três faixas de renda mais baixas em novembro foi significativamente inferior à registrada na classe de renda alta (0,58%)

Apoie Siga-nos no

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a novembro revela que, pelo sexto mês seguido, a inflação se mostrou mais amena para as famílias de menor poder aquisitivo.

Dados divulgados na quarta-feira 13 indicam que a inflação de 0,20% observada nas três faixas de renda mais baixas em novembro foi significativamente inferior à registrada na classe de renda alta (0,58%).

No ano, a variação acumulada para as famílias de renda muito baixa (2,6%) segue sendo menos da metade da taxa acumulada para as famílias de renda alta (5,6%).

Nos últimos doze meses, os resultados são semelhantes, ainda que com menor discrepância. Enquanto a taxa de inflação para os domicílios da classe muito baixa é de 3,4%, as famílias de maior renda tiveram uma variação de preços de 6,1%.

O principal fator de pressão inflacionária para as classes de renda mais baixas, em novembro, veio do grupo de “alimentos e bebidas”. As altas do arroz (3,7%), feijão-preto (4,2%), batata (8,8%), cebola (26,6%), carnes (1,4%) e aves e ovos (0,53%) explicam esta contribuição positiva dos alimentos para a inflação das famílias brasileiras, especialmente as de renda menos elevada.


Já a descompressão inflacionária ficou por conta dos grupos “transporte” e “saúde e cuidados pessoais”. Os domicílios de menor poder aquisitivo foram beneficiados pelas quedas nos preços das tarifas de ônibus urbano (-1,2%), dos combustíveis (-1,6%) e dos artigos de higiene pessoal (-0,95%).

Já para as famílias de renda alta, o maior impacto inflacionário de novembro veio da alta de 19,1% dos preços das passagens aéreas e de 0,76% dos planos de saúde. Adicionalmente, o grupo “despesas pessoais” também pressionou de forma significativa a inflação dessas famílias, devido aos reajustes dos serviços pessoais (0,41%) e de recreação (0,94%).

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.