Pandemia deve derrubar PIB brasileiro em 5%, estima Banco Mundial

Economista-chefe do Banco Mundial aposta que pandemia da covid-19 causará recessão em quase todos os países da América Latina

Martin Rama, economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe - Foto: Eric BARADAT/AFP

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O Banco Mundial anunciou neste domingo 12 a previsão de que a economia da América Latina e do Caribe deve sofrer uma contração de 4,6% do PIB em 2020 por conta do coronavírus. No Brasil, a estimativa é ainda maior: 5%.

A instituição também acredita que a crise sanitária deverá causar recessão em quase todos os países da região. Além dos 5% no Brasil, o Banco Mundial estima contração de 5,2% na Argentina, 6% no México, 2% na Colômbia, 3% no Chile e 4,7% no Peru.

“Os governos da América Latina e do Caribe enfrentam o enorme desafio de proteger vidas e, ao mesmo tempo, limitar os impactos econômicos”, afirmou Martín Rama, economista-chefe do Banco Mundial para a região.

A instituição multilateral com sede em Washington observou que, embora a região tenha experiência com crises financeiras anteriores, a pandemia apresenta novos desafios por afetar a demanda e a oferta global. Cerca de um terço da população mundial está em confinamento para frear o contágio do coronavírus.

A retração da economia chinesa e dos países do G7 terá impacto negativo em países exportadores de matérias-primas na América do Sul e nos países exportadores de serviços e bienais industriais na América Central e no Caribe.


Governos devem proteger população

O Banco destacou que muitos países da região enfrentam a crise sanitária com um espaço fiscal limitado para atuação dos governos. No entanto, o alto grau de informalidade na região faz com que sejam necessárias medidas de proteção de renda para a população.

“Muitas famílias vivem um dia após o outro e não têm recursos para enfrentar os isolamentos e quarentenas necessários para conter a propagação da epidemia”, disse a instituição de Washington.

O Banco Mundial alertou que, diante desse cenário, “os governos deveriam arcar com a maior parte das perdas”. A instituição afirmou que esse apoio será fundamental para “preservar empregos e uma recuperação futura”.

*Com informações de RFI e AFP

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