Quando os ministros do Comércio se reuniram na cidade marroquina de Marrakesh, há 30 anos, para assinar o acordo que criou a Organização Mundial do Comércio, o clima era de celebração. O Muro de Berlim tinha caído pouco antes, o comunismo havia desmoronado e corriam ideias otimistas de que o organismo abriria novos mercados e atuaria como árbitro nas disputas entre países.
O clima hoje é muito mais sombrio do que era em abril de 1994. Qualquer entusiasmo por acordos inovadores de liberalização comercial desapareceu há décadas e foi substituído por um protecionismo disfarçado – e muitas vezes aberto. As relações entre Estados Unidos e China estão em declínio e provavelmente piorarão. No fim do mês passado, a China abriu formalmente um processo na OMC contra os EUA, no qual Pequim tentou salvaguardar sua indústria de veículos elétricos, dizendo que os subsídios de Joe Biden para promover a produção verde em seu país violam as regras comerciais globais.
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