A inadimplência das micro e pequenas empresas cresce sem parar desde janeiro e, em maio, alcançou 5.522.375 de empreendimentos, registra a Serasa Experian. No conjunto das empresas, 6.136.387 estavam inadimplentes em maio. O “calote” é, porém, generalizado e quebra recordes: mais de 74,5% de famílias endividadas e 24,5% das famílias com contas em atraso, e, aproximadamente, 10% sem condições de honrar suas dívidas, mostra análise dos dados da Fecomercio examinados pelo professor Rodrigo Simões, especialista em Finanças e Economia da Faculdade do Comércio da Associação Comercial de São Paulo. Simões não vislumbra dias melhores, apesar da queda da taxa de desemprego para 9,8% em maio, pois a renda média do brasileiro despencou 8,7% no primeiro trimestre. A política econômica do atual governo é insuficiente para amenizar os efeitos negativos das famílias e das empresas brasileiras e o Banco Central deve subir a taxa básica de juros ao menos uma ou duas vezes. “O segundo semestre é de desaceleração, de baixa confiança para a camada mais pobre e para as médias e pequenas empresas, o que nos leva a ver um cenário não muito promissor para este semestre.”
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