Economia

assine e leia

Pago quando puder

O calote das empresas continua a crescer

Pago quando puder
Pago quando puder
Imagem: iStockphoto
Apoie Siga-nos no

A inadimplência das micro e pequenas empresas cresce sem parar desde janeiro e, em maio, alcançou 5.522.375 de empreendimentos, registra a Serasa ­Experian. No conjunto das empresas, 6.136.387 estavam inadimplentes em maio. O “calote” é, porém, generalizado e quebra recordes: mais de 74,5% de famílias endividadas e 24,5% das famílias com contas em atraso, e, aproximadamente, 10% sem condições de honrar suas dívidas, mostra análise dos dados da Fecomercio examinados pelo professor ­Rodrigo Simões, especialista em Finanças e Economia da Faculdade do Comércio da Associação Comercial de São Paulo. Simões não vislumbra dias melhores, apesar da queda da taxa de desemprego para 9,8% em maio, pois a renda média do brasileiro despencou 8,7% no primeiro trimestre. A política econômica do atual governo é insuficiente para amenizar os efeitos negativos das famílias e das empresas brasileiras e o Banco Central deve subir a taxa básica de juros ao menos uma ou duas vezes. “O segundo semestre é de desaceleração, de baixa confiança para a camada mais pobre e para as médias e pequenas empresas, o que nos leva a ver um cenário não muito promissor para este semestre.”

Fonte: Serasa Experian

Imagem: Universidade de Chicago


CERCO A WALL STREET

Imagem: Alie Joseph/NYSE

Nos EUA, estados liderados pelos republicanos empenham-se em punir Wall Street por tomar posição pró-controle de armas, proteção do meio ambiente, promoção da diversidade e outras questões sociais que desagradam ao partido de Donald Trump. Neste ano, a agência Reuters registrou ao menos 44 projetos de lei ou novas leis nesse sentido em 17 estados liderados por conservadores, em comparação com cerca de uma dúzia dessas medidas em 2021. Virgínia e Arkansas boicotaram a gestora BlackRock por sua posição ambiental. O Texas fez o mesmo com JP Morgan Chase, Bank of America e Goldman Sachs, neste caso por apoiarem o controle de armas.


SEGURANÇA

Com a Bolsa em baixa e a Selic em alta, os fundos de investimento de Renda Fixa registraram captação líquida, diferença entre entradas e saídas, de 88,8 bilhões de reais neste primeiro semestre, contabiliza a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) também registraram aportes líquidos positivos no período, da ordem 31,6 bilhões. Os fundos multimercados e de ações perderam recursos. Os multimercados acumularam resgates líquidos de 61,8 bilhões e os de ações, de 49,5 bilhões.


FRAQUEZA

O euro caiu, no início deste mês, para a menor cotação ante o dólar nos últimos 20 anos: 1,28. A impressão geral nos mercados é de que o Banco Central Europeu, ante a guerra da Ucrânia, está sem espaço para subir os juros básicos no mesmo passo do Fed e de outros BCs para frear os preços. “O avanço da inflação global e a consequente queda nas projeções de crescimento global têm contribuído para desvalorizar ainda mais as moedas emergentes. Enquanto essas questões estiverem no radar, a volatilidade e a pressão nas moedas devem continuar”, diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.


APLICATIVO

Alunos de Administração da Strong Business School desenvolveram uma ferramenta na qual o pequeno empreendedor pode analisar a gestão do próprio negócio e, ao mesmo tempo, obter sugestões de mudanças que melhorem os processos. Basta entrar no site cim.esags.edu.br/indice-de-performance-em-gestao e responder a 52 questões formuladas pelos alunos de Luciano Schmitz. Além da avaliação do negócio, o empresário também pode comparar seu desempenho com o de outras empresas da região, aumentar a produtividade, a lucratividade e motivar os funcionários e fornecedores.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1216 DE CARTACAPITAL, EM 13 DE JULHO DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Pago quando puder”

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo