Economia

Os novos recados de Haddad ao Banco Central após mais uma agência elevar a nota do Brasil

O Comitê de Política Monetária do BC se reúne na semana que vem para decidir se mantém ou altera a taxa Selic

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebrou nesta sexta-feira 28 a decisão da agência de classificação de risco DBRS Morningstar de elevar a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com tendência estável. Ele voltou, porém, a cobrar o Banco Central pela queda da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

O Comitê de Política Monetária do BC se reunirá entre terça e quarta-feira da semana que vem para decidir se mantém ou altera o índice.

“Às vésperas da semana da reunião do Copom, é importante salientar que o mundo inteiro já compreendeu que está acontecendo alguma coisa boa no Brasil e que o rumo dado à agenda econômica vai ao encontro do que o Brasil precisa para restabelecer a confiança, atrair investimentos e, sobretudo, gerar bem-estar para a população”, afirmou Haddad.

Haddad ressaltou haver “muito espaço para um corte de 0,5 ponto percentual” no próximo encontro do Copom.

Mais cedo, o IBGE informou que a taxa média de desemprego no País teve um novo recuo no trimestre encerrado em junho, registrando 8%, o menor resultado para o período desde 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Haddad, no entanto, ressaltou que “não devemos nos iludir com isso”. Segundo ele, apesar de o índice estar abaixo da média para o mês nos últimos anos, a economia brasileira passa por um processo de desaceleração, devido ao atual estágio da Selic.

“O juro real está na casa de 10%, o que é quase o dobro do país que mais paga juro depois do Brasil”, reclamou o ministro. “Os ventos estão favoráveis, o mundo está olhando para o Brasil com outros olhos, mas está mais do que na hora de alinharmos a política fiscal e a monetária para o Brasil voltar a sonhar com dias melhores.”

O ministro ainda reforçou que a inflação está controlada, “inclusive nos núcleos, serviços, alimentos”. O cenário, de acordo com ele, abre espaço para o Brasil crescer mais e gerar mais oportunidades.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo