Obcecado com o equilíbrio perpétuo das contas governamentais sem levar em conta a diversidade de situações dos países e os diferentes contextos históricos, o chamado mercado recebeu com tranquilidade, ao que tudo indica, as primeiras medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quinta-feira 12. O governo parece ter feito o que era possível nos marcos do rígido controle imposto pelas instituições financeiras e pelo Banco Central, sem renegar a missão estabelecida por Lula, que prometeu colocar os pobres no Orçamento.
Haddad apresentou à mídia um conjunto de medidas fiscais centradas na recuperação de receitas que, nas contas do ministro, deverão levar o resultado fiscal de 2023 a um déficit entre 0,5% e 1% ou, num cenário otimista, gerar um pequeno superávit. Essas medidas incluem a extinção do voto de desempate no Carf a favor dos contribuintes e a redução do estoque crescente de processos administrativos nesse conselho, um novo programa de renegociação de dívidas tributárias, o Litígio Zero, a revisão de contratos e programas e a reoneração dos combustíveis.
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