A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi eleita para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como Banco dos Brics. O bloco é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e, após os anos de Jair Bolsonaro (PL), volta a ganhar atenção do governo brasileiro.
Dilma foi escolhida por unanimidade pela Assembleia de Governadores da instituição nesta sexta-feira 24. O comunicado oficial divulgado pelo banco após a eleição ressalta que Dilma, na condição de presidenta da República, “concentrou sua agenda em garantir a estabilidade econômica do País e a geração de empregos”, além de priorizar “o combate à pobreza e os programas sociais iniciados na gestão do presidente Lula”.
Ainda segundo o texto, Dilma promoveu na política internacional o respeito à soberania dos países e a defesa do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da paz.
O mandato de Dilma como presidenta do Banco do Brics vai até julho de 2025. O antecessor dela no cargo era o também brasileiro Marcos Troyjo, indicado em 2020 por Bolsonaro. A saída dele é fruto de um acordo político para viabilizar a ascensão da ex-presidenta.
O NDB tem o objetivo de mobilizar recursos para investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em mercados emergentes. A estratégia do banco para o período entre 2022 e 2026 é intitulada Aumentar o Financiamento do Desenvolvimento para um Futuro Sustentável.
“Para cumprir nosso propósito, apoiamos projetos nos setores público e privado por meio de empréstimos, investimentos de capital e outros instrumentos sob medida”, informou o banco.
As áreas de operação do NDB se dividem em:
- Energia Limpa e Eficiência Energética
- Infraestrutura de transporte
- Água e saneamento
- Proteção do meio ambiente
- Infraestrutura social
- e Infraestrutura digital
O NDB foi fundado em 2014 com capital autorizado de 100 bilhões de dólares e capital inicial de 50 bilhões, com contribuições igualmente distribuídas entre os cinco membros fundadores.
A instituição está sediada em Xangai, na China, onde Dilma deve passar a morar. O primeiro escritório regional do NDB foi aberto em Joanesburgo, na África do Sul.
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