O petróleo é do passado

Com a Petrobras empenhada na busca de energias limpas, o Brasil pode se tornar uma potência global de alternativas renováveis

Foto: iStockphoto e Agência Petrobras

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Em meio à tempestade de bombas orçamentárias do governo Bolsonaro, com setores inteiros do Estado arrasados e sem dinheiro nem para pagar as despesas de dezembro, chamam atenção os dividendos exuberantes da Petrobras, estimados em 180 bilhões de reais, pagos neste ano aos acionistas, a maior parte deles estrangeiros, que negociam na Bolsa de Nova York. A cifra representa metade do valor de mercado da companhia, segundo analistas. Uma aberração que era, porém, o objetivo da grande transformação operada pelos governos Temer e Bolsonaro.

Eles sempre tiveram em mente a conversão de uma empresa que buscava a autossuficiência do País em derivados do petróleo em uma mera caixa registradora de distribuição de lucros do Pré-sal aos investidores. O desmonte da estrutura de refino e distribuição, realizado para atingir aquela meta, teve como um dos resultados a inviabilização de qualquer política de preços de combustíveis a não ser a da sua dolarização. Acrescente-se que, além de ter sido desmantelada em benefício de poucos, a Petrobras quase não investiu em energias renováveis, na contramão da estratégia perseguida pelas maiores empresas do setor no resto do mundo.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 11 de dezembro de 2022 03h09
A iniciativa de prospecção de energia limpa, eólica, solar, elétrica é fundamental para a existência da própria Petrobrás como empresa estatal brasileira e necessidade para o compromisso do governo Lula em relação a diminuição de gases que aumentam o efeito estufa perante a COP 27 dentre outros organismos internacionais e países comprometidos com o combate ao aumento da poluição na atmosfera. Além de combate intransigente ao desmatamento nos biomas da Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga. Nesse desmonte do Estado feito pelo governo Bolsonaro e volta dos financiamentos internacionais diante de um governo que respeita a biodiversidade e preocupado com a geração de energia sustentável, a mudança de mentalidade de modo a evitar poluir o meio ambiente o mínimo possível por parte da sociedade e classe empresarial, principalmente em relação aos setores ligados com os negócios de geração de energia é uma tarefa a ser desempenhada aos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia do iminente governo Lula. Os países pobres, a natureza e as gerações futuras terão uma dívida de gratidão ao presidente Lula por essas mudanças de geração de energia que irá beneficiar todo o planeta.

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