O alto preço da dependência

O Brasil tem condições de substituir a importação de fertilizantes por insumos nacionais mais sustentáveis

O uso de remineralizadores reduziria o custo de produção em até 50% - Imagem: iStockphoto

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Fertilizantes são produtos de natureza mineral ou orgânica, natural ou sintética capazes de alterar os níveis de fertilidade dos solos e assegurar a oferta de um ou mais nutrientes para as plantas. O tema está regulamentado pela Lei 6.890, de 1980. A grande maioria origina-se de vários tipos de rochas que possuem características mineralógicas, químicas e gêneses distintas. Tais fontes minerais podem se converter em adubos se forem ricas em nutrientes essenciais, como potássio (K), fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S) e elementos considerados micronutrientes, importantes para o desenvolvimento das plantas. Os fertilizantes solúveis (NPK) são produzidos a partir de rochas fosfáticas e evaporíticas com altas concentrações de P e K, respectivamente. O nitrogênio (N) é obtido a partir do gás natural.

China e Marrocos detêm as maiores reservas e produções de fosfatos. O Brasil ocupa a sétima posição e produz apenas 1,4% do total mundial. Quanto ao potássio, Canadá, Rússia e Bielorrússia são os principais produtores (67% do total). A participação do Brasil é ínfima (0,6%), o que o obriga a importar 96% do que consome. A oferta de nitrogenados é mais pulverizada entre os produtores de petróleo e gás natural. Os quatro maiores consumidores de fertilizantes no mundo são China, EUA, Índia e Brasil. Com alto consumo e baixa produção, o Brasil possui acentuada dependência do mercado internacional (80%) e não participa da formação dos preços. Por sua vez, China e EUA importam somente 20% do que consomem.

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