Economia

‘Não tem de onde tirar, essa é a realidade’, diz Mourão sobre financiamento do Renda Cidadã

Vice-presidente sugeriu que o tema fosse questionado do ‘outro lado’, no Congresso

O VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO. FOTO: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) admitiu nesta quinta-feira 01 a dificuldade do governo de Jair Bolsonaro de encontrar fontes de financiamento para o programa Renda Cidadã, apresentado como substituto do Bolsa Família.

No início desta semana, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, afirmou a jornalistas que o novo programa seria custeado com recursos reservados para o pagamento de precatórios, verbas do próprio Bolsa Família e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Na quarta-feira 30, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os precatórios não são uma fonte de financiamento “saudável, limpa, permanente e previsível”. “Ligaram uma coisa a outra, estávamos estudando a redução das despesas com precatórios e disseram esse estudo aqui é para fazer o financiamento de um programa populista. Não é. Não há essa ligação direta”, afirmou.

Nesta quinta, Mourão retomou a polêmica sobre o uso de verbas do Fundeb no financiamento do Renda Cidadã. “Esse assunto já virou a página, já acabou”, disse o vice-presidente à imprensa. Sobre a possível utilização dos precatórios, ele declarou: “Acredito que não, também”.

Quando questionado, então, sobre a fonte dos recursos para sustentar o novo programa social, Mourão respondeu: “Não tem de onde tirar, essa é a realidade”. Ele ainda sugeriu que o tema fosse questionado do “outro lado”, no Congresso Nacional.

(Com informações da Agência Estado)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo