Economia

Na Celac, Lula critica ‘tarifas arbitrárias’ de Trump: ‘Tentativa de restaurar antigas hegemonias’

O petista pediu unidade da comunidade latino-americana e caribenha para evitar a condição de ‘zona de influência’ de superpotências

Na Celac, Lula critica ‘tarifas arbitrárias’ de Trump: ‘Tentativa de restaurar antigas hegemonias’
Na Celac, Lula critica ‘tarifas arbitrárias’ de Trump: ‘Tentativa de restaurar antigas hegemonias’
O presidente Lula na cúpula da Celac, em Honduras, em 9 de abril de 2025. Foto: Orlando Sierra/AFP
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O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quarta-feira 9, que tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional, em meio à guerra comercial deflagrada pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.

Lula discursou na cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac, em Honduras.

“Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região”, declarou o petista. “Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores.”

Se a comunidade latino-americana e caribenha permanecer separada, acrescentou Lula, a região corre o risco “de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão do globo entre superpotências”.  “O momento exige que deixemos as diferenças de lado”, completou.

A IX Cúpula da Celac reúne 33 países em Tegucigalpa, mas apenas 11 chefes de Estado ou governo participam do encontro, incluindo também a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Alguns países são representados por chanceleres ou funcionários de alto escalão na reunião, que acontece uma semana após Trump anunciar tarifas mais duras que o esperado.

“Não podemos continuar a caminhar separados quando o mundo se reorganiza”, afirmou a anfitriã Xiomara Castro no discurso de abertura da cúpula, no qual afirmou que agora “os Estados Unidos redesenham seu mapa econômico sem se perguntar quais povos são deixados para trás”.

A proposta mexicana, por sua vez, será “diversificar” seus mercados, antecipou Sheinbaum.

(Com informações da AFP)

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