Um dia depois de o presidente Vladimir Putin anunciar ter colocado suas forças nucleares de prontidão, mais de uma dúzia de emblemáticas empresas internacionais, a começar pelas petroleiras Shell, BP e Equinor, começaram a comunicar a suspensão de operações, vendas, contratos e investimentos na Rússia. “Estamos chocados com a perda de vidas na Ucrânia, que deploramos, resultado de uma agressão militar insensata que ameaça a segurança europeia”, declarou o CEO da Shell, Ben van Beurden.
GM, Aston Martin, Jaguar, Harley-Davidson, Volvo e Daimler suspenderam as vendas. A Maersk, maior operadora de contêineres do mundo, interrompeu embarques para a Rússia. A Apple suspendeu as vendas no país, também boicotado pela AerCap, a maior leasing de aeronaves do mundo. Da mesma forma, Disney, Warner, Sony e Netflix suspenderam suas estreias no mercado russo, inclusive The Batman. O fundo soberano da Noruega (1,3 trilhão de dólares) vai realocar as aplicações em ativos russos. Visa e Mastercard bloquearam instituições financeiras russas que utilizam seus sistemas de pagamentos, enquanto a Adidas suspendeu sua parceria com a Federação Russa de Futebol. Além das dificuldades de operar sob as sanções econômicas, as empresas não querem ser vistas “lucrando com a guerra”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login