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Ministério e universidades se unem para impulsionar complexo industrial do setor

Expertise. Credenciada pelo êxito da parceria entre a Fiocruz e a AstraZeneca, a ministra Nísia Trindade tem clareza do objetivo a ser perseguido – Imagem: Leonardo Oliveira/Agência Fiocruz e Redes sociais

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Enquanto o Ministério da Indústria busca identificar um espaço para o Brasil na cadeia global de produção de semicondutores, talvez em associação com a China, e o BNDES batalha para estabelecer taxas de financiamento factíveis para o crédito empresarial de longo prazo, o Ministério da Saúde dá os primeiros e decisivos passos para desenvolver o complexo industrial da saúde no País. Trata-se da mais clara ­oportunidade de constituição de um eixo de política industrial no governo Lula.

Na sexta-feira 3, a ministra Nísia Trindade Lima, da Saúde, recebeu os reitores da Unicamp, da USP e da Unesp para a definição de uma proposta de trabalho conjunto, visando ações de inovação na área da saúde, de modo a melhorar a qualidade no atendimento do SUS e reduzir a dependência do setor em relação a insumos e equipamentos importados. Credenciada pela liderança desempenhada na Fiocruz, instituição que presidiu, na formação da joint venture com a britânica AstraZeneca para a produção conjunta de vacinas e testes de diagnóstico para a Covid-19, a ministra quer desenvolver com as universidades paulistas, no entorno das instituições de saúde pública, uma parte importante do complexo público-privado integrado por empresas fornecedoras de medicamentos e equipamentos, além de prestadores de serviços.

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1 comentário

Rosa Carmina Couto 11 de março de 2023 21h17
O SUS é o nosso National Helth Service. O SUS foi inspirado no modelo inglês de saúde sendo o maior sistema de saúde universal do mundo além de ser a maior política de inclusão social do Brasil. Foi criado na constituição de 1988 sendo necessário sinalizar com um grande futuro para o SUS: O complexo industrial da saúde. Durante a pandemia o SUS ganhou visibilidade pois prestou relevantes serviços a população brasileira mesmo com crise de desabastecimento de insumos fundamentais: vacinas, medicamentos, EPI, etc. Investir no complexo industrial da saúde é uma aposta estratégica na autosuficência dos insumos necessários para que o SUS possa prestar assistência à saúde de qualidade para a população brasileira. Esse deve ser o futuro do SUS.

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