Economia

assine e leia

Moeda forte

Fluxo em alta para o País não comove o mercado, atento apenas à situação fiscal, que não justifica sustos

Boas novas. Montadoras anunciaram aportes de 130 bilhões de reais. De olho no mercado brasileiro, o premier do Japão, Fumio Kishida, agendou uma visita ao País – Imagem: Paulo Pinto/ABR e Elizabeth Fraser/Arlington National Cemetery
Apoie Siga-nos no

O silêncio da mídia a respeito da onda de investimentos estrangeiros no Brasil anunciados nas últimas semanas é desconcertante. Só não é mais constrangedor do que o apoio escancarado dos jornalões às tentativas reiteradas do Banco Central e do sistema financeiro de questionar a política econômica do governo Lula, sem apoio nos chamados fundamentos econômicos, ou até mesmo na direção contrária ao que essas regras apontam, segundo se conclui do próprio noticiário e da análise de alguns economistas. O investimento externo anunciado nas últimas semanas inclui 130 bilhões de reais de dezenas de fabricantes de automóveis dos EUA, da Europa e da Ásia, 40 bilhões do grupo mexicano de telefonia ­América Móvil, 4,6 bilhões da fabricante chilena de celulose CPMC, 1,5 bilhão da coreana LG na produção de eletrodomésticos e 100 milhões da indiana Mahindra, a maior fabricante de tratores do mundo. Uma missão do governo do Japão, chefiada pelo premier Fumio Kishida e integrada por representantes de ao menos 40 empresas japonesas, desembarca no Brasil este mês, com foco na cooperação em tecnologias verdes.

Segundo a Kearney, o Brasil, ausente da lista dos 25 países mais atrativos para o Investimento Direto Estrangeiro em 2023, retornou ao grupo neste ano e ocupa a 19º posição. Entre as economias em desenvolvimento, ressalta a consultoria, o País subiu duas posições e é considerado o quinto destino mais atraente, à frente do México e atrás apenas de China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia. Na quarta-feira 1º, a agência de classificação de riscos Moody’s mudou de Estável para Positiva a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil, agora a um ponto apenas de distância do grau de investimento (o colunista Paulo Nogueira Batista Jr. trata do tema em sua coluna à pág. 41).

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo