Economia
Ministro do Trabalho diz que seguro-desemprego está fora do corte de gastos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, (PT), também deve anunciar a isenção do IR para quem recebe até 5 mil reais


O ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou nesta quarta-feira 27 que o pacote de corte de gastos a ser anunciado pelo governo não prevê mudanças nas regras do seguro-desemprego. Ele também confirmou que haverá um reajuste na tabela de isenção do Imposto de Renda.
Em uma coletiva de imprensa, o petista foi questionado sobre eventuais alterações no abono salarial e no seguro-desemprego.
“Qualquer coisa que eu falar, estou adiantando, então não tem muito como explicar”, tergiversou. “Se eu falar qualquer coisa sobre os dois assuntos… Eu posso dizer o seguinte: não há mudanças de regra do seguro-desemprego, por exemplo.”
Segundo Marinho, o governo deve anunciar o pacote fiscal nesta quinta-feira 28. Ele adiantou, porém, que haverá mudanças na faixa de isenção do Imposto de Renda.
“Tudo. Supersalários, imposto para os super-ricos, vem tudo aí, pacote completo”, emendou o ministro.
Em um pronunciamento na noite desta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, (PT), deve anunciar a isenção do IR para quem recebe até 5 mil reais por mês. Trata-se de uma promessa de campanha do presidente Lula (PT) que, no plano político, pode servir de contraponto a cortes em gastos do governo.
Atualmente, a faixa de isenção é de dois salários mínimos (2.824 reais).
Na transmissão de rádio e TV, com duração prevista de sete minutos, Haddad também deve explicar, ainda que em linhas gerais, o pacote fiscal a ser detalhado nesta quinta.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.