Economia

Ministro diz que Petrobras está ‘no limite’ e que preços dos combustíveis podem ser reajustados

Aumento não tem data para ocorrer e dependerá de oscilações do mercado internacional

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira 4, que a Petrobras pode promover reajuste nos preços dos combustíveis, caso haja oscilação no mercado externo. Segundo ele, a estatal informou que está trabalhando “no limite do preço marginal”. 

De acordo com Silveira, a situação da estatal foi informada por representantes da empresa em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O reajuste pode ocorrer, segundo Silveira, caso o preço no mercado externo oscile para cima. 

“Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados”, afirmou. 

Silveira também citou a necessidade de se fazer investimentos na estatal em eventual aumento de preços internacionais. 

“É claro, se houver oscilação para cima, a Petrobras terá responsabilidade com esses investidores, com a empresa, com a necessidade dos seus reinvestimentos para modernizar a empresa, e os repasses serão feitos. Por isso quero tranquilizar os investidores”, explicou. 

Em maio, a Petrobras anunciou o fim da paridade internacional de preços do diesel e da gasolina. O ministro é um dos defensores da nova política. 

“Foi importante mudar a política de preços, não há como não se reconhecer. Havia uma extorsão ao consumidor brasileiro, consequentemente aumentando o ‘custo Brasil’, aumentando o preço do alimento que chega no prato de todos os brasileiros, na política de preços que não permitia a Petrobras fazer volatilidade para baixo quando o preço internacional caía”, disse. 

No segundo trimestre de 2023, a Petrobras fechou com um lucro de 28,8 bilhões de reais, o primeiro desde o fim da paridade internacional. Os números apontam uma queda de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior, um reflexo da prática de preços menores praticados pela estatal.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo