Economia
Ministro da Fazenda da Argentina entrega cargo
Após semana de crise, ministro Nicolás Dujvone deixa o cargo e é substituído por Hernán Lacunza, então Ministro da Economia de Buenos Aires
O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujvone, renunciou ao cargo no sábado 17, informou a agência nacional de notícias argentina Télam. Para ocupar a pasta, o presidente Mauricio Macri chamou o ministro da Economia da Província de Buenos Aires, Hernán Lacunza.
Dujovne, que ocupava o cargo desde janeiro de 2017, entregou uma carta de renúncia em que disse estar “convencido de que, em virtude das circunstâncias, a gestão precisa de uma renovação significativa na área econômica”. Na carta, Dujvone reconheceu erros na condução da economia argentina, mas disse que atuou para corrigi-los.
“Conseguimos conquistas na redução do déficit e dos gastos públicos, na redução de impostos distorcidos nas províncias, na recuperação do federalismo. Também, sem dúvida, cometemos erros, que nunca hesitamos em reconhecer e fizemos o melhor que pudemos para corrigir”, afirmou.
A renúncia de Dujvone ocorre uma semana após o resultado das eleições primárias que desencadearam uma crise no governo. A chapa de Alberto Fernández e da ex-presidente Cristina Kirchner derrotou Macri e obteve uma significativa vantagem de mais de 15%, saindo favorita para as eleições de outubro.
Após o resultado, Macri anunciou um pacote para amenizar os impactos da crise, como o aumento do salário mínimo e pagamento de bônus para trabalhadores públicos, privados e informais; permissão para que pequenas e médias empresas possam renegociar suas dívidas tributárias em 10 anos; redução no imposto de renda dos aposentados e aumento de 40% no valor das bolsas dos estudantes.
O novo ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, de 49 anos, é formado em economia. Antes de dirigir o Ministério da Economia de Buenos Aires, passou pelos cargos de diretor geral do Banco Central argentino e do Banco Municipal da Cidade de Buenos Aires.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.