Economia
Minha parte em dinheiro
Pandemia e inflação impulsionam o benefício do cashback, que contamina até os bancos
De Jandira, cidade de 125 mil habitantes no oeste da Região Metropolitana de São Paulo, para o resto do Brasil. Um provedor local de internet, a Digenet, procurava um meio de animar o comércio, que, fechado pela pandemia, deixava de pagar o provedor. Ele procurou a empresa de marketing digital Glaper, que organizou um sorteio de cupons de desconto entre os clientes cadastrados. “Um usuário, por exemplo, ganhava um cupom de 100 reais e gastava numa padaria”, conta Felipe Delipe, sócio-fundador da Glaper. “Com isso, a provedora ajudava o usuário e ajudava a padaria. Mas era meio manual, ficou um pouco bagunçado. Comércios que não eram sorteados brigavam para participar. Daí, sugeri montarmos uma plataforma de cashback, que começou a funcionar em agosto de 2020.”
Hoje, a plataforma tem 5 mil estabelecimentos comerciais e 300 mil consumidores cadastrados, espalhados do Nordeste ao Rio Grande do Sul. Está em negociação com um provedor de internet do Nordeste que agrega 100 mil assinantes e 800 estabelecimentos comerciais, além de várias outras tratativas, facilitadas pela participação em uma feira em Olinda. “Se continuar no ritmo de crescimento atual, fechamos o ano com 10 mil estabelecimentos e cerca de 1 milhão de usuários beneficiados”, anima-se Delipe.
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