A saída do Nubank da Bolsa brasileira e a escolha de manter-se no mercado de ações de Nova York é um “alerta vermelho” para o mercado de capitais nacional. “É mais um farolzinho vermelho piscando ‘o custo Brasil é alto’, o que é muito ruim para o País”, adverte Gabriel Emir Moreira e Silva, superintendente da área de Projetos da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. “Se o Brasil não se mexer para ser mais eficiente em termos de custos, haverá cada vez mais empresas a não priorizar suas operações no mercado local.” Gabriel Meira, especialista em ações da Valor Investimentos, reforça: “Possivelmente, teremos mais empresas de capital aberto optando por listar suas ações lá fora, porque o acesso a capital é mais barato, o procedimento é mais simples e o investidor nos EUA está mais acostumado a investir em empresas de crescimento, caso do Nubank, do que aqui no Brasil”. Depois de menos de um ano da abertura de capital nas duas Bolsas, o Nubank anunciou o cancelamento do registro na B3 em favor da Nyse. “Pegou muito mal no mercado”, diz Meira. “É uma facada no investidor que, lá atrás, comprou um papel mais caro ver o Nubank lhe virar as costas.”
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