O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é o nome preferido do governo Lula (PT) para a presidência da Vale, cujo Conselho de Administração se reunirá na próxima quarta-feira 31 para decidir se Eduardo Bartolomeo continuará a ser o CEO da empresa.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), está pessoalmente empenhado no diálogo com acionistas, mas um desfecho positivo para o governo ainda é considerado improvável.
As ações da Vale têm a seguinte divisão:
- Previ (fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil): 8,7%;
- Mitsui&Co: 6,31%;
- Blackrock, Inc.: 5,83%;
- Tesouraria: 5,27%; e
- Outros: 73,88%.
Ou seja, o peso da Previ não seria suficiente para o governo emplacar um nome na presidência da Vale. Desse cenário decorre a necessidade de tentar convencer outros grupos de acionistas.
Na semana passada, Silveira elogiou Mantega publicamente, durante participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
“É o ministro mais longevo no cargo de ministro da Fazenda da história da República”, disse o pessedista. “É alguém extremamente preparado, professor universitário, que reúne todas as condições.”
O Conselho de Administração é responsável pela eleição do comitê executivo, pela definição das diretrizes gerais da companhia e pela análise de projetos, além da avaliação de resultados. O colegiado é presidido por Daniel André Stieler e conta, ao todo, com 13 integrantes.
Mantega foi ministro da Fazenda de 27 de março de 2006 a 1º de janeiro de 2015, em gestões de Lula e Dilma Rousseff (PT). Antes, foi ministro do Planejamento, de 1º de janeiro de 2003 a 18 de novembro de 2004. Também ocupou a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entre 22 de novembro de 2004 e 27 de março de 2006.
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