Os humores dos mercados e de seus acólitos midiáticos azedaram. A gota de amargura foi derramada pelas críticas de Lula ao presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto.
Confesso ao eventual leitor dessas mal traçadas linhas que hesitei ao formular a frase acima. Na primeira versão, escrevi “críticas do presidente Lula a Roberto Campos Neto”. Senti um repelão nas costas. Um ente misterioso manifestou seu desagrado. Em sobressalto, minha filha Luísa advertiu: “Pai, você desagradou ao Espírito do Mercado”.
ASSINE CARTACAPITALSeja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.
3 comentários
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS15 de fevereiro de 2023 02h24
Se existe um mandato para o presidente seja de qualquer estatal, autarquia, cargo público, cargo político, esse cidadão deve prestar contas para toda a sociedade, não somente para um grupo específico que quer mandar na economia e no país. O presidente Lula tem toda a razão em chamar na chincha esse presidente do BACEN e que seja definitivamente convocado pelo Congresso Nacional porque deixa que os juros brasileiros nas nuvens fazendo com que o país não cresça e podendo até afetar a estabilidade do governo podendo causar recessão e coisas piores. O Banco Central independente, é independente das questões democráticas e refém de malabarismos técnicos financeiros para agradar setores escusos que precisam ser revistos. Ou o Congresso Nacional está a favor do povo e do país ou esse mesmo parlamento se alia ao que existe de pior no capitalismo, o capitalismo improdutivo e financeiro que não distribui renda e faz aumentar a desigualdade social, isso sim se chama falta de patriotismo.
José Carlos Gama14 de fevereiro de 2023 14h09
A resposta do banco central, mantendo a taxa celic na alturas, esta longe de ser independente, e sim vive o reflexo do governo anterior no sentido sim senhor não senhor e com isso sempre às ordem do deus mercado.
José Carlos Gama10 de fevereiro de 2023 21h58
Em outras palavras mais chulas, os bancos centrais ficam na terra e não em marte ou seja pra existir como bancos é necessario que haja um Estado democrático.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login