Economia

IPCA em outubro fica em 0,24%, influenciado por alta nas passagens aéreas

No ano, índice que mede inflação no país acumula alta de 3,75%

Avião no pátio (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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No mês de outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,24%. O percentual divulgado nesta sexta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é levemente inferior ao registrado em setembro, quando ficou em 0,26%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75%. Já no período referente aos últimos doze meses, o índice ficou em 4,82%.

O IPCA é a principal referência para a inflação do país. O indicador serve para medir como variam os preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. Para calcular o IPCA, o IBGE leva em consideração as famílias que recebem de um a quarenta salários mínimos. É por meio do IPCA, por exemplo, que se pode avaliar a tendência da inflação no país.

Entre todos os produtos e serviços que fazem parte do cálculo do IPCA, o que mais contribuiu para a alta do índice em outubro foram as passagens aéreas. Na comparação com o mês de setembro, as passagens subiram 23,70%. No mês anterior, por exemplo, o aumento já tinha sido relevante, com uma alta de 13,47%.

Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, a alta das passagens aéreas “pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”. 

O IBGE costuma dividir os produtos e serviços em nove grupos. Do total, oito deles registraram aumentos em setembro, apesar das variações de cada um. Transporte (+0,35%) e Alimentação e Bebidas (+0,31%) foram os grupos que registraram os maiores aumentos.

Alimentar-se fora de casa, por exemplo, ficou mais caro para os brasileiros. Esse subitem registrou uma alta de 0,42% em outubro, na comparação com setembro. A refeição (+0,48%) e o lanche (+0,19%) aumentaram, no geral. 

Apesar da alta generalizada nos transportes, os combustíveis, no geral, não aumentaram para os consumidores brasileiros. A gasolina (-1,53%), o etanol (-0,96%) e o gás veicular (-1,23%) apresentaram queda. André Almeida explica que “a gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA” e que, por isso, “essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice (-0,0%) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes”. 

Como variam os preços para famílias com renda mais baixa

Dada a ampla variação salarial no Brasil, um outro índice sobre a inflação ajuda a medir os efeitos das mudanças nos preços para famílias de renda mais baixa. Ele é conhecido como Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e diz respeito somente a famílias com renda de um a cinco salários mínimos.

No informe de hoje, o IBGE também apresentou o cálculo do INPC para o mês. A variação do índice em outubro ficou em 0,12%, bastante parecida com a registrada em setembro (0,11%). No ano, o INPC vai acumulando alta de 3,04%. No período referente aos últimos doze meses, a alta no INPC é de 4,14%.

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