Economia
IPCA-15: prévia da inflação tem alta de 0,76% em fevereiro
Em comparação a janeiro, o índice subiu 0,21% e foi impactado pela aumento nas mensalidades escolares
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,76% em fevereiro. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 24.
O IPCA-15 é considerado a prévia oficial da inflação e serve de parâmetro para o aumento do custo de vida da população. O índice representa uma tendência e contempla a segunda metade do mês anterior e a primeira do mês de referência. Para além do número final do ano, o resultado mês a mês mede de forma mais precisa as altas e as quedas nos preços.
Em comparação a janeiro, o índice subiu 0,21%. Em fevereiro do ano passado, o índice foi de 0,99%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 caiu de 5,87% para 5,63%. O índice está acima da meta de inflação buscada pelo Banco Central (BC) em 2023, de 3,25% com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.
Variações por grupos
O IBGE pesquisou nove grupos de produtos e serviços. Em oito deles, houve alta nos preços. A exceção ficou por conta de vestuário, cujos preços caíram 0,05% após um aumento de 0,42% em janeiro. A principal alta veio de educação, que subiu 6,41% em comparação a janeiro e foi resultado do aumento das mensalidades escolares no início do ano letivo.
Em relação à educação, a variação do ensino médio foi de 10,29%, seguida da praticada no ensino fundamental (10,04%) e na pré-escola (9,58%). O aumento no ensino superior foi de 5,33%.
A habitação foi especialmente impactada pelas altas em aluguel residencial, cuja variação foi de 0,89%. A taxa de água e esgoto e o condomínio também tiveram altas, com 1,32% e 0,89%, respectivamente. Depois de ter registrado uma queda de 0,16% em janeiro, a energia elétrica subiu 0,35% neste mês.
O grupo de alimentação e bebidas também registrou alta. Com 0,39%, o aumento foi abaixo do registrado em janeiro (0,55%). Os alimentos para consumo em casa – como arroz, frutas, verduras, etc – subiram 0,38%. A alimentação fora do domicílio também teve um aumento em patamar próximo, com 0,40% de alta.
Os preços ficaram mais altos, também, quando se observa o IPCA-15 regionalmente. Para medir o índice, o IBGE pesquisa, regularmente, onze capitais brasileiras. A maior variação foi em Salvador (BA), com 1,19%. São Paulo (SP), que tem um peso regional de 33,45%, teve a segunda maior variação entre as capitais pesquisadas, com 0,91%. Goiânia (GO), por sua vez, teve o menor aumento, com 0,40%.
A inflação tem sido um dos temas centrais da equipe econômica do governo, tanto pelo seu impacto direto no poder de compra da população, como por ser determinante para o patamar da taxa de juros no país.
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