O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira 11, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro chegou a 0,86%, o maior resultado para o mês de fevereiro desde 2016.
Com isso, o índice, que mede a inflação em diversos produtos e serviços no País, sofreu alta de 0,61 ponto percentual em relação a taxa de janeiro (0,25%). O acumulado no ano de 2021 chega a 1,11%.
Oito entre nove produtos analisados pelo IBGE sofreram alta em fevereiro. O setor dos transportes foi o responsável pelo maior impacto no índice do mês, já que foi fortemente influenciado pelo aumento no combustível. Além da gasolina (7,7%), os preços do etanol (8,06%), do óleo diesel (5,40%) e do gás veicular (0,69%) também subiram. Os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses.
A maior variação ficou com o setor de educação. “Esse foi o segundo maior impacto dentro do índice do mês. Em fevereiro, nós captamos os reajustes das mensalidades cobradas pelas instituições de ensino. E além disso, verificamos que em alguns casos houve retirada de descontos aplicados ao longo do ano passado no contexto de suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia”, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
O grupo de alimentação e bebidas desacelerou frente ao aumento visto em janeiro. O IPCA identificou que as quedas nos valores da batata-inglesa (-14,70%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,30%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%) contribuíram para a desaceleração na inflação na alimentação dentro do domicílio.
*Com informações da Agência IBGE
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