Inflação: Brasil tem o pior resultado para o mês de março desde 1994

Alta no IPCA do mês de março foi de 1,62%, já o acumulado para os últimos 12 meses é de 11,30%

Foto: Agência Brasil

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O Brasil fechou o mês de março com alta de 1,62% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa é a maior variação para um mês de março desde 1994. O índice acumulado para os últimos 12 meses é de 11,30% e 3,20% no ano de 2022, de acordo com o relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 8.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no período. Transportes foi o segmento com maior variação (3,02%), de acordo com o instituto. Na comparação com fevereiro, o nível é 0,46% maior. O resultado do grupo foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis, de 6,70%. No período, a gasolina teve incremento de 6,95% e foi o subitem pesquisa com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês. Além disso, houve ainda alta nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%).

Alimentação e bebidas também puxaram o índice para cima, com alta de 2,42% em março. Segundo o IBGE, juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março. A maior contribuição dentro do grupo veio do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Também foi registrada alta significativa no preço da cenoura, 31,47%, que acumula crescimento de 166,17% no preço em apenas 12 meses. Contribuíram ainda para o aumento, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).

O único setor a registrar queda no período foi o de Comunicação, com redução de 0,05%. Confira os resultados para cada grupo monitorado pelo instituto:

INPC também teve pior resultado desde 1994 para o mês de março


Ainda de acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 1,71% em março, bem acima do resultado do mês anterior, que era 1%. Assim como no IPCA, essa também é a maior variação para um mês de março desde 1994. Nos últimos 12 meses, o acumulado para o índice é de 11,73% e de 3,42% em 2022.

 

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