Economia

Inflação acelera para 0,38% em abril, puxada por preços de medicamentos e alimentos

IPCA, principal monitor da inflação do País, foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE

Alta de preços dos produtos farmacêuticos (2,84%) foi a principal responsável pelo resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais em abril - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril acelerou para 0,38%, 0,22 ponto percentual acima da taxa de março, fixada em 0,16%. O IPCA é o principal monitor da inflação do Brasil. O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 10.

Segundo o instituto, o IPCA acumula alta de 1,80% no ano e, nos últimos 12 meses, de 3,69%. O índice do período está abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado desta sexta também é significativamente menor do que o registrado em abril de 2023, quando a variação de preços havia sido de 0,61%.

Medicamentos

O IPCA de abril foi puxado, conforme mostram os dados do IBGE, pelo grupo Saúde e cuidados pessoais, que variou 1,16%. No grupo, a maior alta veio dos produtos farmacêuticos, puxado pelos medicamentos. O preço dos itens subiu até 4,50% no mês, fazendo os produtos vendidos em farmácias subirem 2,84%. As maiores altas são de remédios contra diabetes (4,19%), anti-infecciosos e antibióticos (3,49%) e de medicamentos relacionados à hipotensão e colesterol (3,34%).

Alimentos

Outro grupo a contribuir de forma significativa na alta dos preços em abril foi o de Alimentos e bebidas. O salto, nesse caso, foi de 0,70%. A alimentação no domicílio foi um dos itens do grupo que mais acelerou, de 0,59% em março para 0,81% em abril. Também foram observadas altas nos preços do mamão (22,76%), da cebola (15,63%), do tomate (14,09%) e do café moído (3,08%). A alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,35%). Enquanto o lanche desacelerou de 0,66% para 0,44%, informa o IBGE.

“Fenômenos climáticos ocorridos no fim de 2023 e no começo de 2024 afetaram a produção”, explica André Almeida, gerente do IPCA, em nota divulgada pelo IBGE.

Outras altas

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em abril. Apenas Habitação e Artigos de residência. Veja os resultados:

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
Índice Geral 0,16 0,38 0,16 0,38
Alimentação e bebidas 0,53 0,70 0,11 0,15
Habitação 0,19 -0,01 0,03 0,00
Artigos de residência -0,04 -0,26 0,00 -0,01
Vestuário 0,03 0,55 0,00 0,03
Transportes -0,33 0,14 -0,07 0,03
Saúde e cuidados pessoais 0,43 1,16 0,06 0,15
Despesas pessoais 0,33 0,10 0,03 0,01
Educação 0,14 0,05 0,01 0,00
Comunicação -0,13 0,48 -0,01 0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 30 de abril de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (base).

Índices regionais

Nos índices regionais, somente Fortaleza registrou queda de preços em abril, influenciada pela energia elétrica residencial e pela gasolina. Por lá a queda foi de 0,13%. Já a maior variação ocorreu em Aracaju, com alta de 0,84%, por conta das altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

INPC

Junto ao IPCA, o instituto também revelou dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Nesse caso, a alta foi de 0,37% em abril, acima do registrado em março, de 0,19%.

No ano, o INPC acumula alta de 1,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,23%, abaixo dos 3,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.

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