Economia

IBGE: Desemprego ainda atinge 12 milhões de pessoas no Brasil

PNAD Contínua mostra um recuo de 0,4 na taxa de desocupação em comparação com o trimestre anterior

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O Brasil fechou o trimestre encerrado em fevereiro com 12 milhões de desempregados, de acordo com a PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira 31. O volume representa uma taxa de desocupação de 11,2%, marcando um leve recuo (0,4 ponto percentual) em relação ao trimestre anterior.

Em números absolutos, 389 mil pessoas deixaram de fazer parte da taxa de desocupação neste trimestre. Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o desemprego atingia 14,9 milhões de brasileiros, o volume desta quinta é significativamente menor – 3,4 pontos percentuais ou 2,9 milhões de pessoas.

Já o nível de ocupação (55,2%), também monitorado pela pesquisa, não cresceu em comparação com o último trimestre. Ao todo, o contingente de pessoas ocupadas no Brasil foi estimado pelo IBGE em 95,2 milhões. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, o crescimento do grupo é de 9,1% ou 7,9 milhões de pessoas. Deste grupo, 38,3 milhões de pessoas estão atuando na informalidade, uma taxa de 40,2% da população ocupada.

Os resultados da PNAD desta quinta-feira indicam uma desaceleração nos dois principais quesitos monitorados.

“No trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que buscava trabalho, o que já vinha acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que nesse trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, na divulgação.

Chama a atenção ainda o índice de pessoas fora do mercado de trabalho ou desalentadas, atingindo um contingente de 70 milhões de pessoas. Entre quem está fora do mercado de trabalho somaram-se mais 481 mil pessoas, chegando ao total de 65,3 milhões, uma alta de 0,7% ante ao trimestre anterior. Já o número de desalentados se manteve estável no período, em 4,7 milhões de brasileiros. No comparativo anual, os índices caíram: 5% no primeiro caso e 20,2% no segundo.

Renda parou de cair, mas ainda tem o pior resultado

O rendimento médio real de 2.511 reais monitorado pelo instituto também apresentou estabilidade nos três meses pesquisados quando comparados ao período imediatamente anterior. Embora a queda tenha sido freada, a renda é 8,8% menor do que era há um ano. O resultado desta quinta também é o pior já registrado para o mês desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

“A estabilidade desse trimestre pode estar relacionada à diminuição no número de trabalhadores informais, que têm menores rendimentos, e ao aumento de trabalhadores com carteira assinada no setor privado”, destacou a coordenadora da pesquisa.

Os números citados por Adriana Beringuy ficaram em 34,6 milhões de pessoas com carteira assinada, um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior; e 25,4 milhões de pessoas que atuam por conta própria, queda de -1,9% no mesmo período.

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